02 junho, 2012

Song Pop: um desafio musical


Depois do DrawSomething, agora é a vez dos amantes da música ficarem viciados em um desafio online. O Song Pop é o novo aplicativo que está bombando nas redes sociais. Disponível para iPhone, iPad, iPod Touch, alguns smartphones com Android e também no Facebook, o jogo é um desafio musical para ser jogado em dupla. 

Você convida um amigo, escolhe uma categoria (Love Songs, Classic Rock, 90's Alternative, Today's Hits, Modern Rap, entre outros) e encara o desafio de acertar cinco músicas baseado em trechos curtos. O jogador deve escolher entre cinco opções de artistas, ou com o nome de músicas, a alternativa correspondente ao trecho apresentado. Depois, o segundo jogador é submetido ao mesmo desafio, com as mesmas músicas. Quem acertar mais e mais rápido, vence.

Conforme vai vencendo as rodadas, o jogador vai ganhando moedinhas, que podem ser trocadas depois por mais categorias. A performance do jogador também lhe confere estrelas dentro das categorias, quanto mais estrelas, mais músicas o jogador destrava naquela categoria. A dica para ganhar estrelas, é acertar uma três música ou mais em sequência.

O Song Pop tem categorias para todas os gostos: de Jazz a Metal. Então prepare os ouvidos e seja ágil para vencer esse desafio. E não tenha medo de chutar. Você pode baixar o Song Pop para IOS aqui, e para Android aqui.

20 maio, 2012

Wagner Moura assume vocal da Legião Urbana para reviver banda junto com Dado e Bonfá

Ele já declarou que era fã da Legião Urbana, como muitos adolescentes dos anos 1980. Talvez justamente por isso o convite para participar como vocalista de um tributo à banda, ao lado do guitarrista Dado Villa-Lobos e do baterista Marcelo Bonfá, tenha gerado um misto de sentimentos: medo e coragem. Wagner Moura sabe que muitos fãs de Renato Russo ficam desconfiados de um ator assumir o lugar do ídolo, mesmo que já tenha certa experiência no assunto.



Apesar de ser um cantor diletante, interpretando canções bregas com a banda Sua Mãe, e de já ter cantado Legião em cena – como em Vips, cantando Será, e no bom longa O Homem do Futuro, quando fez par com Aline Moraes e soltou a voz na música Tempo Perdido – diversos fãs criticam a escolha de Wagner Moura para o lugar de Renato Russo.

“Estamos nos expondo muito, porque estamos lidando com um repertório que tem milhões de fãs. É óbvio que haverá preconceito por eu ser um ator popular, não ser cantor. A gente sabia que ia ter de lidar com isso desde o começo, e esse risco me instiga”, disse Wagner Moura em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Wagner incorpora Renato Russo, cantando Será no filme Vips:

Par romântico de Aline Moraes, ator solta voz em Tempo Perdido:


O show foi encomendado pela MTV e vai acontecer nos dias 29 e 30 de maio, em São Paulo. A apresentação terá 25 músicas, passando por todos os discos da Legião Urbana, inclusive os dois que a banda nunca tocou ao vivo: A Tempestade, lançado em 1996, ano da morte de Renato Russo, e o CD póstumo Uma Outra Estação.

Como a marca Legião Urbana pertence a família de Renato Russo, o trio não poderá usar o nome da banda, o que irrita os remanescentes do grupo. Dado Villa-Lobos afirma estar cansado da briga e assume que “realmente a situação é incômoda, mas vai ser a última vez. A partir do dia 31 de maio, não teremos mais esse tipo de problema”. Talvez seja a última oportunidade de tentar relembrar a banda que marcou parte dessa “geração Coca-Cola”. Os ingressos custam R$ 200,00.

23 outubro, 2011

Lizzie Bravo: a brasileira que cantou com os Beatles

Por Mariana Coutinho
Lizzie Bravo hoje, e em 1967 com John Lennon (arquivo pessoal)

A brasileira Lizzie Bravo tinha 15 anos quando conheceu os Beatles, em 1967. Ela morou em Londres por três anos e chegou a fazer coro na gravação da música "Across the Universe" junto com uma amiga britânica. Lizzie promete que em breve vai lançar um livro sobre suas aventuras atrás dos Fab Four. Por enquanto, conheça um pouco da história dessa fã na entrevista a seguir:

A Trilha Sonora: Como e em que época você começou a gostar dos Beatles?
Lizzie Bravo: Comecei a gostar dos Beatles logo que eles apareceram, quando eu tinha uns 13 anos.  A banda tinha um som muito diferente de tudo que se conhecia, e apreciei especialmente a personalidade dos integrantes, sua inteligencia e humor.

ATS: Como você foi para Londres? Como conheceu os Beatles?
LB: Fui pra Londres como presente de 15 anos, só que eu sabia que não ia voltar.  Fiquei de fevereiro de 1967 a outubro de 1969, com alguns meses de volta ao Rio em 1968.  Fui pra lá só pra conhecer os Beatles.  Minha amiga Denise tinha ido na frente e já sabia de tudo.  Cheguei do aeroporto, larguei as malas no hotel de estudantes e as duas voamos pros estúdios da gravadora EMI, em Abbey Road.  Ela tinha visto os quatro entrando pra gravar, e ficamos esperando para vê-los sair.  No dia que cheguei do Brasil, pude ver pela primeira vez os quatro Beatles.  Passei a ir todos os dias para a frente dos estúdios e fazer amizade com as outras fãs.  Quase todos os dias podíamos vê-los, bater breves papos, tirar fotos, pedir autógrafos.  Era bom demais, o sonho de qualquer adolescente!

ATS: Como você fazia para se sustentar em Londres todo esse tempo?
LB: Meu primeiro emprego foi num hotel, mas fui despedida depois de alguns dias porque não era rápida o suficiente. Também, pudera, eu nunca tinha feito uma cama na minha vida.Trabalhei como "au pair", que é um sistema onde o governo te dá uma permissão para morar com uma família e ajudar no serviço de casa e com as crianças por uma parte do dia, e estudar no outro. Você recebe casa, comida e uma mesada - não é bem um salário. Nem preciso dizer que eu vivia dura! Fiquei um tempo numa casa e outro em outra. Ainda tenho contato com essa última família, e estive com eles em Londres no ano passado.Fiz matrícula num curso de literatura inglesa e de francês, mas confesso que faltava mais do que ia a aula. Meus pais e alguns tios me mandavam dinheiro, mas pouco.  todo mundo queria que eu voltasse pra casa, o que não estava nos meus planos naquela época.

ATS: Que lembranças você tem dessa época em Londres?
LB: Londres era o centro do mundo, tudo acontecia por lá.  Moda, música, cinema, teatro.  Vi muita coisa bacana, muitos shows, inclusive Jimi Hendrix por duas vezes.

ATS: Como foi a gravação de "Across the Universe"?
LB: Isso vocês vão ter que ler no meu livro. Os quatro Beatles estavam no estúdio, foi gravado ao vivo, todos nós ao mesmo tempo.  George Martin produzindo, os técnicos e o Mal Evans, assistente dos Beatles, roadie deles.  Repetimos muitas vezes, ficamos duas horas e meia lá dentro.

ATS: Você se considera uma beatlemaníaca?
LB: Não gosto muito do termo "maniaco".  Sou fã dos Beatles, e também de muitas outras bandas. E muito fã de MPB, que é o que eu mais ouço hoje em dia.

ATS: Você acha que ainda existe beatlemania hoje?
LB: Claro que existe beatlemania hoje!  Não só o pessoal da minha época como muita gente jovem no mundo inteiro. A cada dia nascem milhares de futuros fãs dos Beatles!

ATS: Você foi a Liverpool naquela época?
LB: Fui a Liverpool em 1967 e 1968.  O mais interessante é que pude conhecer a cidade exatamente como ela era quando eles viviam lá, não tinha nada escrito "Beatles" em lugar nenhum.  Fui ao Cavern original  assistir uma banda local.

ATS: Quantos shows dos integrantes dos Beatles você já assistiu?
LB: Nunca vi um show dos Beatles juntos porque eles pararam de excursionar em 1966. Mas assisti a 19 shows do Paul McCartney, um do George Harrison e um ou dois do Ringo Starr.

ATS: Como se sentiu quando a banda acabou? 
LB: A banda acabar não foi nenhuma surpresa, já era esperado por nós, que acompanhavamos o dia a dia do lado de fora dos estúdios.

ATS: Sua filha, Marya Bravo, participou do musical "Beatles num Céu de Diamantes". Como foi isso para você?
LB: Foi muito bom! O musical é lindo e a participação dela muito especial.  É bom saber que pude deixar um pouquinho dos anos 60 na minha filha e também na minha neta de 18 anos.

ATS: Ter sido fã dos Beatles mudou a sua vida? Como?
LB: Influenciou minha vida principalmente por me fazer conhecer gente do mundo inteiro, e pertencer a essa "tribo" que são os fãs dos Beatles.  A música é inquestionável, perfeita.  E claro que o fato de ter cantado com eles gerou uma curiosidade a meu respeito, e que me rendeu boas entrevistas, como a que a BBC fez no ano passado, quando me levou a Londres para me filmar junto com minha amiga Gayleen, que cantou junto comigo, na frente dos mesmos estúdios de Abbey Road.  Passou num programa de TV no horário nobre.

Veja também:

25 julho, 2011

Lágrimas que secam por conta própria



Amy Winehouse - 1983-2011

Em meados dos anos 00, o bom-mocismo à la Bono Vox reinava no show-biz, quando, num burburrinho da internet, apareceu Amy, fazendo tudo errado. Enquanto as outras moças eram todas franjinhas e chapinhas, a porralouca surgiu ostentando um vespeiro na cabeça, alguns quilos de maquiagem na cara, uma garrafa de vodka na mão e tatuagens para todo lado. Com uma voz poderosa e clamando de que não iria pro « rehab » de forma alguma  - antes mesmo que a maior parte das pessoas sequer soubesse o que era isso – a mulher parecia mais um furacão. Saiu por aí destruindo corações e arrastando grammys pelo caminho. No meio da fúria, ninguém parou para reparar que a gigante na verdade era uma menina ainda, com vinte e poucos anos mal completos, um corpinho frágil e uma cabeça mais ainda. Embriagados pela dose exagerada de um tipo de talento que há muito tempo não se experimentava, os amantes da boa música fizeram da Amy a sua cachaça durante todo o ano de 2007. « Back to Black » , lançado em outubro do ano anterior, tinha nome de disco de roqueiro e gosto de Motown misturado com novidade. As dez delícias do álbum se popularizaram e foram entornadas por todos os cantos, respingando até nas radios FMs que insistiam ainda no hip hop vendido e na repetição exaustiva de insossos sucessos dos anos 80. De repente, Amy era cool o suficiente pros indies, mas também era tão diva quanto Beyoncé, e os seus pais poderiam não saber o nome dela ainda, mas já conheciam as músicas, e gostavam delas. Amy era uma unanimidade, menos para ela mesma. Enquanto suas criações subiam nas paradas, ela afundava cada vez mais. Estava mais do que óbvio que a coisa tinha saído de controle, e era tão fácil ver uma manchete envolvendo algum escândalo quanto ouvir um hit dela tocando em algum lugar.


Se na música – apesar da influência visível de artistas como Marvin Gaye - Amy soube ser original, na esfera pessoal a cantora não era mais do que uma triste sucessão de clichês. Os repetidos vexames envolvendo bebida e outras drogas pareciam um mau presságio  do que estaria por vir e, afinal, chegou nesse 23 de julho. Amy se foi aos 27 anos, mesma idade em que tantas outras estrelas da musica partiram, tantas o suficiente para compor um « clube » - o infame Clube dos 27, em cujo rol estão o seu provável fundador, o bluesman Robert Johnson, morto em 1938 em condições misteriosas; a santa trindade dos anos 60, Jim, Janis e Jimi; o genial fundador dos Rolling Stones, Brian Jones; e Kurt Cobain, o último grande rockstar de que se tem notícia. Com causa de morte ainda a se determinar, Amy é forte candidata a entrar no macabro panteão. No entanto, e isso, eu não sei se é para vocês também ou se é só para mim, fica a amarga sensação de que a garota se foi antes mesmo de provar sua grandeza como artista aqui na Terra. Não basta o talento, também conta a obra – ninguém duvidaria de que Amy era capaz de encantar mas… Quase cinco anos se passaram desde o lançamento de « Back to Black », e estávamos todos esperando aqui por algo mais. A morte acabou vindo antes que a inglesa pudesse comprovar de que não era uma cantora de uma nota só. Tão equivocada quanto inevitável é a especulação sobre o que teria acontecido, mas o que todos parecem pensar é que Amy desistiu de si mesma – afinal, a cada ida e volta do rehab (que ela acabou frequentando mais de uma vez, quando a coisa ficou realmente feia), a cada vaia que recebia durante cada show que não conseguia completar, o terceiro disco se tornava uma quimera, e assim se tornava cada vez mais distante também a libertação final dos terrores que lhe cercavam. As queixas após as curtas e irregulares apresentações mostravam que boa parte dos fãs já havia desistido de esperar alguma recuperação, e ver a Amy cantar se tornou mais uma questão de poder presenciar qualquer desafino da musa dos degenerados antes que ela se fosse do que de ouvir uma grande cantora no auge de seu talento. E, mesmo sabendo o quanto Amy deixou a desejar nas ultimas aparições, não é que bate o arrependimento de não ter comprado um ingresso quando se podia? Agora o que fica é isso, o remorso digno de uma grande ressaca e a certeza de que, por mais romântico que se pareça, morrer jovem não vale a pena pra ninguém.







19 julho, 2011

Beatlemania - Parte 1

Por Mariana Coutinho

Embora os Beatles tenham acabado há mais de quatro décadas, o fanatismo em torno da banda continua forte. Centenas de milhares de pessoas vão a Abbey Road todos os anos e mais de 35 mil fazem a Magical Mystery Tour, em Liverpool. No Brasil, pudemos ter uma prova de que o amor pelos Beatles permanece pelos shows de Paul McCartney, em São Paulo e Porto Alegre em 2010, e no Rio de Janeiro esse ano. Por essas e outras, A Trilha Sonora começa hoje um especial sobre esses fãs tão fervorosos que seguem a banda mais famosa de todos os tempos. 

Na primeira parte desse especial, apresentamos um vídeo que conta um pouco sobre a beatlemania e mostra lugares como o museu The Beatles Story, em Liverpool, e a faixa de pedestres em Abbey Road, em Londres. Na próxima semana, você confere a história de Lizzie Bravo, uma brasileira que não só conheceu os Beatles pessoalmente, nos anos 1960, como cantou com eles na faixa "Across the universe". Abaixo a reportagem "Here, There and Everywhere - A beatlemania hoje, ontem e sempre":






Veja também:
Lado B - Eleanor Rigby
Fãs supreendem Paul McCartney no Rio de Janeiro

11 julho, 2011

“Caraíba quer tomar as terras do Xingu”

Pelo colaborador Ramon Cardoso*

Recentemente, foi autorizada pelo IBAMA, depois de anos de discussão e sob muitos protestos, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Porém, ao contrário do que muita gente imagina, a polêmica Usina de Belo Monte não é tema recente – o estudo de viabilidade da construção foi iniciado em 1980 - e inspirou, inclusive, o que, em minha opinião, é um dos mais belos sambas da história.

“Xingu, o Pássaro Guerreiro”, composto em 1984 por João Nogueira e Paulo César Pinheiro, foi o primeiro samba enredo que o recém criado Grêmio Recreativo Escola de Samba Tradição desfilou. A letra em tom de crítica questionava, já naquela época, os impactos da construção no meio ambiente e na vida das tribos da região do Alto Xingu.

“Autoridade” da tribo Caiapó, o cacique Raoni é um dos índios que, por mais de 30 anos, tem lutado contra a invasão do “Caraíba” (o homem branco). Ele chegou a declarar que juntaria seus guerreiros e buscaria apoio de outras tribos da região caso suas terras fossem invadidas para a construção da Usina. Na letra, o cacique é retratado conforme sua primeira aparição pública: armado e “pintado com tinta de guerra”, reivindicando a demarcação do Parque Indígena do Xingu.

A estrofe seguinte versa sobre as dificuldades que os índios têm passado - o desaparecimento do “Curimatã” (peixe) e a fuga do “Uirapuru” (pássaro) - com a mudança do curso do rio e a inundação de grande parte da área verde. Para tentar reverter a situação, é pedido a Tupã (“deus trovão”) que ele benza a muiraquitá, que, por ser feita de Jade, recebe o nome de ”Pedra Verde”, e é uma espécie de amuleto para os índios.

O Rio Xingu é um dos afluentes do Amazonas e cruza boa parte do Pará. Seu nome, em Kamaiurá, significa “água boa”, e mostra a importância de seus recursos para a população indígena, tanto na agricultura quanto na caça. A música de João Nogueira e Paulo César Pinheiro, apesar de ter quase 27 anos, ainda hoje é um dos hinos da luta contra Belo Monte e dos defensores das terras do Xingu. Veja abaixo sua letra completa:


“Xingu, o Pássaro Guerreiro”

Pintado com tinta de guerra
O índio despertou
Roani cercou
Os limites da aldeia
Bordunas e arcos e flechas e facões
De repente, eram mais que canhões
Na mão de quem guerreia
Caraíba quer civilizar o índio nú
Caraíba quer tomar as terras do Xingu

Quando o sol resplandece, os raios da manhã
Na folha, na fruta, na flor e na cascata
Reclama o pajé pra Tupã
Que o curimatã sumiu dos rios
E o uirapuru fugiu pro alto da mata
Toda caça ali se dispersou
Oh! Deus Tupã
Benze a pedra verde, a muiraquitá
Que os índios
Estão se juntando igual jamais se viu
Pelas terras do pau-Brasil

É Kren-Akarore, Kaiabi, Kamaiurá
É Tchukarramãe é kretire, é Carajá (bis)

Ê! Xingu
Ouvindo o som do seu tambor
As asas do Condor, o pássaro guerreiro
Também bateram se juntando ao seu clamor
Na luta em defesa do solo brasileiro

Um grito de guerra ecoou
Calando o uirapuru lá no alto da serra
A nação Xingu retumbou
Mostrando que ainda é o índio o dono da terra


Mas essa não é a única música em que João Nogueira demonstra senso crítico e engajamento com os eventos do país. Sua música “Das 200 pra lá” (Esse mar é meu), gravada em 1971 por Eliana Pittman e sucesso na voz de Clara Nunes, faz uma clara alusão ao episódio da Guerra da Lagosta, em 1960, onde cinco navios de pesca franceses foram apreendidos pela Marinha Brasileira.

Como resultado desse episódio, a criação, em 1970, de um Decreto Lei, que estipulava o aumento da extensão do território marítimo brasileiro para 200 milhas. Mais uma vez, em sintonia com a vontade da população, João cantou seu protesto:

Esse mar é meu
Leva seu barco pra lá desse mar (bis)

Vá jogar a sua rede das 200 para lá
Pescador dos olhos verdes
Vá pescar em outro lugar


*Ramon é estudante de Marketing e sambista nas horas vagas